quarta-feira, 13 de janeiro de 2010

Häxan (1922)





"Häxan documenta as perseguições movidas contra as feiticeiras numa Europa atravessada pela intolerância religiosa. O filme é narrado na primeira pessoa, como se o diretor desejasse demonstrar uma tese que, de fato, é assim enunciada: "A crença nos maus espíritos, feitiçaria e bruxaria é o resultado de ingênuas noções sobre o mistério do universo". Torturas, possessões rituais de Sabá são aqui dramatizados numa narrativa de docudrama, ilustrando uma série de hipóteses cientificas entre o nosso mundo moderno com o período da Inquisição. Obra-prima do cinema fantástico. Realizado numa época que não havia censura. As cenas de sacrilégios e rituais de Sabá até hoje são impressionantes, graças a rigorosa e bem cuidada fotografia e uma direção competente do dinamarquês Benjamin Christensen. São visíveis as influêncais pictórias de Jeronimus Bosch e Bruegel. O virtusionismo de Haxan acabou influenciando outras obras-primas como o clássico de Carl Dreyer A Paixão de Joana D´arc."

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